A pré-eclâmpsia é uma complicação da gravidez caracterizada por aumento da pressão arterial e que acompanha com a presença de proteínas na urina após a 20ª semana de gestação. Se não tratada, pode evoluir para a eclâmpsia, com convulsões que podem colocar em risco a vida da mãe e do feto.
Apesar de muitos casos apresentarem poucos ou nenhum sintoma visível, a doença pode evoluir rapidamente e trazer riscos tanto para a mãe quanto para o bebê e por isso, o pré-natal rigoroso logo que confirme a gravidez é fundamental para o diagnóstico precoce da doença.
A gestante pode não sentir nada e estar com pressão alta. Além da pressão alta, outros sintomas podem surgir, como dor de cabeça intensa, visão de pontos brilhantes — muitas mulheres relatam ver “estrelinhas” — e dor na região do estômago.
Segundo especialistas da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), entre os exames mais importantes para o diagnóstico estão a avaliação da proteinúria (presença de proteína na urina), além de testes para avaliar o funcionamento do fígado, rins, anemia e alterações de coagulação sanguínea.
Os especialistas alertam que a pré-eclâmpsia tem tratamento, que, inicialmente, é realizado com medicamentos seguros para controlar a pressão. Mas somente isso pode não ser suficiente. Infelizmente, não existe cura: a pré-eclâmpsia só desaparece quando o bebê nasce.
Entre os principais marcadores de risco pode-se citar:
- Mulheres que já tiveram pré-eclâmpsia em gravidezes anteriores;
- Está com peso acima do ideal;
- Gestação de gêmeos;
- Histórico de pressão alta ou diabetes.
Os marcadores adicionais de risco são: primeira gestação, histórico de pré-eclâmpsia em mãe ou irmã, ter 35 anos ou mais, ser negra (preta ou parda) ou ter um intervalo superior a 10 anos entre gestação anterior e a atual.
As formas de reduzir o risco de pré-eclâmpsia naquelas pacientes consideradas vulneráveis, praticar atividade física (como caminhada de 30 minutos, cinco vezes por semana), além de tomar cálcio e pequena dose de aspirina, conforme prescrição médica.
O acompanhamento da pressão arterial durante toda a gestação é fundamental. Para quem já tem pressão alta, o monitoramento deve ser diário ou em dias alternados. Após o nascimento, os sintomas da pré-eclâmpsia costumam desaparecer, mas o acompanhamento deve continuar.
Segundo os especialistas da FEBRASGO, toda mulher que teve pré-eclâmpsia precisa manter acompanhamento ao longo da vida, pois tem risco maior de desenvolver problemas cardíacos ou renais. Mudanças no estilo de vida, dieta saudável e exercícios regulares são fundamentais.
Todo ano em 22 de maio, é o Dia Mundial de Conscientização de Pré-Eclâmpsia.
Faça o pré-natal adequado e tenha uma gravidez saudável!
Fonte: Febrasgo