Pandemia e Gravidez

No início da pandemia gerada pelo novo coronavírus (COVID-19), em março de 2020, houve uma enorme preocupação com as gestantes e puérperas, principalmente, pela história recente da pandemia de H1N1 em 2008/2009, quando diversas mulheres grávidas foram acometidas pela gripe e algumas não conseguiram resistir.

Apesar de ainda haver risco para as gestantes, a medicina já conhece melhor o nosso inimigo atual, e o risco de gestantes desenvolverem a forma grave da COVID-19 é semelhante a população em geral.

Importante ficarmos sempre atentos aos sintomas da COVID-19. Apesar da maioria das gestantes serem assintomáticas ou apresentarem sintomas leves, é necessária uma atenção especial em relação aos fatores de coagulação, pois se sabe que as grávidas têm o risco aumentado de desenvolverem alterações como a trombose, por exemplo. Além disso, a resposta inflamatória pode se agravar durante a gravidez.

Uma vez confirmado a diagnóstico da COVID-19, deve-se realizar exames e adotar medidas preventivas específicas para esse grupo de pacientes, além de tratarmos em conjunto com a equipe de infectologista. Infelizmente, ainda não temos um tratamento específico para a infecção gerada pelo novo coronavírus. O que temos hoje é a vacina e as medidas de segurança sanitárias como distanciamento social, uso de máscara e higienização frequente das mãos.

Segundo o presidente da Comissão Nacional Especializada em Doenças Infectocontagiosas da Febrasgo, Dr. Geraldo Duarte, No Brasil, pelo menos duas vacinas envolveram gestantes em seus grupos. Mas sem os resultados serem publicados. As vacinas contra o SARS-CoV 2 estudadas até o momento, utilizam vírus inativados ou fragmentos do vírus, como seu RNA, tecnologias utilizadas na fabricação de outras vacinas, já aplicadas em gestantes. É possível que as primeiras vacinas contra a COVID-19 para as mulheres grávidas, sejam aquelas que usam essas tecnologias.

Outro ponto importante diz respeito às mulheres que desejam engravidar. Recomenda-se que a concepção ocorra somente após o recebimento das duas doses da vacina. Caso descubra a gravidez, após a primeira dose, a gestante deve ser tranquilizada da baixa probabilidade do risco. Orienta-se que ela aguarde o parto, a finalização do puerpério para receber a segunda dose e siga com o pré-natal.

Fiquem sempre atentos (as) a todas atualizações cientificas e sempre consulte o seu médico e/ou o SIAT, que buscaremos a melhor e mais recente informação para atender ao nosso público.

Importante!

As sociedades cientificas recomendam que devido ao risco maior de complicações apresentado pelas gestantes, elas deverão ser vacinadas;

Mulheres em amamentação também podem receber a vacinação;

Em caso de efeitos adversos acesse o sistema da ANVISA:

http://antigo.anvisa.gov.br/vigimed