A associação do vírus zika e microcefalia, desde os primeiros casos de anomalias surgidos em bebês no Brasil, sempre foi um mistério a ser esclarecido.
Recentemente um estudo publicado na revista “Science”, revela que essa anomalia pode estar em uma mutação no código genético do vírus ocorrida em 2013. A mutação no gene foi chamada de “S139N”, o número refere-se à posição (139) de uma proteína estrutural do vírus, chamada PrM.
Segundo a pesquisa liderada por Ling Yuan, do Instituto de Genética e Biologia da Academia Chinesa de Ciências e mais 22 pesquisadores, essa mutação pode ter levado o vírus a desenvolver predileção por células neurais.
A mutação acontece quando no gene ocorre uma troca do aminoácido serina por asparagina. Como essa mudança ocorreu em uma proteína associada a como o vírus interage com as células neuronais, essa mutação foi crucial para uma maior morte de neurônios que levam às malformações. Com a descoberta dessa mutação associada às lesões, pesquisadores podem ter mais uma estratégia para o desenvolvimento de vacina contra o vírus zika.
Pesquisadores brasileiros já trabalham no desenvolvimento de uma vacina e estão na fase de teste em animais de laboratórios. Os resultados encontrados até então, são bastante animadores e certamente abre caminho para o combate de microcefalia em seres humanos.
Saiba mais acessando:
http://science.sciencemag.org/content/early/2017/09/27/science.aam7120.full
Em: 02/10/17