Uso de descongestionantes no primeiro trimestre da gestação pode estar ligado a defeitos congênitos no bebê. Artigo publicado pelo American Journal of Epidemiology mostra que o uso de descongestionantes nasais orais e possivelmente intranasais pode estar associado a defeitos congênitos específicos ao nascimento, tais como defeitos do coxim endocárdico, malformações no ouvido e estenose pilórica. Estudos anteriores sugeriram que a exposição a descongestionantes orais no primeiro trimestre da gestação aumenta o risco de vários defeitos congênitos específicos. Usando dados do Slone Epidemiology Center Birth Defects Study, de janeiro de 1993 a janeiro de 2010, foi testada esta hipótese em 12.734 recém-nascidos com malformações (casos) e 7.606 crianças no grupo controle, sem malformações, nos Estados Unidos e no Canadá. Após análises estatísticas, os resultados não replicaram várias hipóteses, mas mostraram três associações que apoiaram achados anteriores: associações entre fenilefrina e defeitos do coxim endocárdico, fenilpropanolamina e malformações no ouvido e fenilpropanolamina e estenose pilórica. Evidências acumuladas apoiam associações entre o uso de descongestionantes orais e, possivelmente, intranasais no primeiro trimestre e o risco de alguns defeitos congênitos específicos frequentes. No presente estudo, o uso de fenilefrina no primeiro trimestre da gravidez pode aumentar em oito vezes o risco de defeitos do coxim endocárdico, um tipo de malformação cardíaca congênita. Já o uso de fenilpropanolamina também está associado a um risco oito vezes maior de malformações no ouvido e no estômago. Todas essas associações já haviam sido sugeridas por estudos anteriores. Uma vez que os riscos absolutos para estes defeitos congênitos raros ainda são muito pequenos, mulheres grávidas não devem ficar muito preocupadas depois de ter usado esses medicamentos, alertam os pesquisadores. Fonte: American Journal of Epidemiology, publicação online de 3 de julho de 2013