Filhos de mães que ingeriram pouco iodo na gestação apresentaram QIs mais baixos e dificuldades relacionadas à leitura
A deficiência de iodo durante a gravidez pode afetar a inteligência das crianças em idade escolar. É o que revela estudo de pesquisadores da Universidade de Bristol, no Reino Unido.
Filhos de mães que ingeriram pouco iodo na gestação apresentaram QIs mais baixos e dificuldades relacionadas à leitura.
A pesquisa levanta a preocupação de que o nível de iodo ingerido por mulheres grávidas é um problema de saúde pública que precisa ser tratado.
Os resultados foram publicados na revista The Lancet.
Iodo, consumido principalmente através de produtos lácteos e frutos do mar, é essencial para a produção dos hormônios da glândula tireoide, que têm um efeito direto sobre o desenvolvimento fetal do cérebro.
A equipe de pesquisa, liderada por Margaret Rayman, utilizou amostras e dados cerca de 1 mil famílias britânicas. Os pesquisadores mediram a concentração de iodo em amostras de urina colhidas no primeiro trimestre de gravidez.
A análise mostrou que dois terços das mulheres tinham deficiência de iodo. Os pesquisadores descobriram que os filhos de mulheres no grupo com deficiência de iodo eram significativamente mais propensos a ter pontuações baixas de QI e pior precisão de leitura e compreensão de leitura.
Quanto menor a concentração de iodo no organismo da mãe, menor foram os valores médios de QI e a habilidade de leitura nas crianças.
"Nossos resultados mostram claramente a importância do nível de iodo adequado durante a gravidez precoce, e enfatizam o risco que a deficiência de iodo pode representar para a criança em desenvolvimento", conclui Rayman.
Publicação: 30/05/13
Fonte: Isaudenet
Foto: Foto Stock