Bebês que não recebem oxigênio quando estão no útero têm cerca de 16% mais chance de desenvolver TDAH
A falta de oxigenação no cérebro de bebês ainda no útero pode aumentar o risco de transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) ao longo da infância.
O estudo contribui com outras evidências que sugerem que os fatores que levam à desordem vão além dos genéticos, que são os mais conhecidos.
Os resultados foram publicados na revista Pediatrics.
A equipe do Kaiser Permanente, organização sem fins lucrativos, avaliou dados de 82 mil crianças de cinco anos da idade nascidas entre 1995 a 2010.
Entre as crianças elegíveis, 13 613 (4,3%) tiveram o diagnóstico de TDAH. Em comparação com crianças controle, as crianças com a condição tinham maior probabilidade de ser do sexo masculino e de cor branca ou afro-americana.
Os resultados mostraram que a privação de oxigênio (hipóxia) no cérebro de um feto aumenta, em média, em 16% o risco de TDAH na infância.
Segundo os pesquisadores, se a falta de oxigênio ocorre em decorrência de uma síndrome de angústia respiratória do recém-nascido, essa chance pode ser 47% maior.
A pesquisa indica ainda que, se o problema ocorre devido a um quadro de pré-eclâmpsia, aumento da pressão arterial e edemas na grávida, o risco é 34% maior.
O estudo também mostrou que a associação entre hipóxia cerebral e TDAH foi mais forte em partos prematuros.
Publicação: 12/12/12
Fonte: http://www.isaude.net/pt-BR/noticia/32631/geral/falta-de-oxigenacao-cerebral-nos-fetos-aumenta-risco-de-hiperatividade