Acompanhamento das gestantes expostas ao vírus H1N1 e Oseltamivir em 2009 no Rio Grande do Sul

Trabalho apresentado oralmente no 24º Congresso Brasileiro de Genética Médica pelo SIAT/POA
Autores:
André Anjos da Silva; Pietro Baptista de Azevedo; Fernanda Duarte Torres; Fernanda Salles Luiz Vianna; Graziella Rangel Paniz; Paula Baptista Sanseverino; Marta Haas Costa; Tani Maria Schilling Ranieri; Maria Teresa Vieira Sanseverino; Lavínia Schuler Faccini;
Resumo: 
 
Introdução: Em 2009, a epidemia de influenza foi declarada pandemia. Gestantes estavam entre os primeiros casos e mortes. A gravidez é um fator de risco para complicações da influenza A (H1N1). Dados sobre o uso de oseltamivir na gravidez são limitados. Não há dados específicos sobre a teratogenicidade desse vírus. Objetivo: Avaliar gestantes expostas ao vírus H1N1 e submetidas a tratamento com oseltamivir. Métodos: Estudo de coorte prospectivo que avalia gestantes expostas ao vírus H1N1 e oseltamivir, obtidas pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) do Ministério da Saúde do Brasil. Seguimentos realizados por telefone ou nas Declarações de Nascidos Vivos. Foram investigados desfechos maternos e perinatais. Resultados: 589 gestações do Rio Grande do Sul notificadas no SINAN. Obtidos 424 seguimentos, com 243 resultados de polymerase chain reaction (PCR). 163 (67%) casos confirmados de H1N1 e 80 (33%) Influenza não-H1N1. Não houve diferença entre os dois grupos tanto nas reações adversas ao oseltamivir quanto nos parâmetros clínicos da doença. Houve 24 óbitos maternos (5,6%), sendo 18 em H1N1. Houve 8 natimortos, sendo 5 filhos de H1N1. Não houve diferença nos desfechos perinatais. Apenas uma fenda palatina foi encontrada em recém-nascido de mãe sem PCR e que não usou oseltamivir. Conclusão: Os dados não indicam um aumento do risco teratogênico do vírus Influenza A (H1N1) ou de seu tratamento. Esses resultados ajudarão a reforçar os dados de outros países.
30/08/12
SIAT