Estudo sugere que efeitos nocivos sobre o feto podem começar muito cedo, mesmo antes que as mulheres estejam cientes da gravidez
Crianças cujas mães fumaram durante a gravidez são 65% mais prováveis de desenvolver asma na infância, de acordo com pesquisa realizada no Karolinska Institutet, na Suécia.
O estudo sugere que os efeitos nocivos sobre o feto podem começar muito cedo, com o tabagismo durante os três primeiros meses de gravidez tendo o maior impacto negativo.
A equipe, liderada por Åsa Neuman, analisou mais de 21 mil crianças, incluindo 735 que foram expostas ao tabagismo materno durante a gravidez.
Na análise ajustada para sexo, escolaridade dos pais, asma parental, peso ao nascer e irmãos, o tabagismo materno durante a gravidez foi associado com aumento do risco de chiado e asma dos quatro aos seis anos de idade.
Os resultados mostraram ainda que o tabagismo materno durante o primeiro trimestre da gravidez, mas não durante o terceiro trimestre ou no primeiro ano após o nascimento, foi associado com aumento do risco de problemas respiratórios.
"Estes resultados indicam que os efeitos nocivos do tabagismo sobre o sistema respiratório fetal começam no início da gravidez, talvez antes que as mulheres estejam cientes de que estão grávidas", observa Neuman.
A equipe sugere que o estudo tem algumas limitações, no entanto, reforça a ideia de que o fumo na gravidez tem um efeito muito significativo sobre o risco de problemas respiratórios nos filhos