Os antidepressivos estão entre os medicamentos mais comumentes usados durante a gravidez. Pouco se sabe sobre seus possíveis efeitos na saúde dos bebês ou das gestantes, quando elas decidem continuar ou interromper o uso.
Antes do uso na gestação, os antidepressivos devem ser bem avaliados em relação aos riscos de teratogênese (má formação do feto), hipertensão pulmonar do recém-nascido, má adaptação neonatal aguda, onde o bebê nasce com dificuldades de respiração, alterações de reflexos, irritabilidade e contrações musculares entre outros sinais e sintomas.
Deve ser avaliado também um aspecto importante: se o antidepressivo pode ou não levar a alguma alteração do desenvolvimento neurocognitivo e da linguagem do bebê. Os embasamentos científicos que evidenciam alterações de desenvolvimento da criança não são muitos sólidos. Alguns estudos ainda estão em andamento.
Os medicamentos serotoninérgicos como a fluoxetina, sertralina, citalopram devem também ser avaliados quanto aos efeitos teratogênicos e comportamentais agudos e de longo prazo nas crianças.
Sabe-se que a ansiedade gerada durante a gravidez afeta o bem estar da mãe e do bebê. Vários estudos demonstram que esse transtorno deve ser bem avaliado e tratado para reduzir os riscos para ambos.
Embora não haja estudos controlados, e os que existem sejam na grande maioria em animais ou dados epidemiológicos, quando todos os fatores de risco são rigorosamente analisados, o uso do antidepressivo pode ser instituído durante a gravidez.
Não esquecer que a fisiologia da mulher grávida pode alterar vários parâmetros farmacológicos de tais medicamentos, levando a diferentes níveis do medicamento ao bebê, dependentes do estágio da gravidez.
Consulte o SIAT para mais informações sobre o uso de medicações na gravidez!
Publicação: 10/08/12
SIAT/BA