Teste feito no primeiro trimestre da gestação detecta proteína que prediz pouco crescimento do bebê mais cedo que técnicas atuais
Pesquisadores da Universidade de Ottawa, no Canadá, encontraram uma proteína no sangue de mulheres grávidas que pode predizer se elas são susceptíveis de ter um feto que não cresce adequadamente, e, portanto, ter um alto risco de morte fetal e complicações para a saúde a longo prazo.
A pesquisa permitiu desenvolver um exame de sangue experimental capaz de detectar os riscos ainda no primeiro trimestre da gestação e melhorar os resultados para as mulheres e seus filhos.
Para o trabalho, Andrée Gruslin e seus colegas se concentraram em uma proteína chamada Insulin Growth Factor Binding Protein 4 (IGFBP-4). Embora esta proteína já tenha sido associada a gravidez, o estudo é o primeiro a demonstrar o seu papel nas complicações da gestação.
A equipe analisou os níveis de IGFBP-4 em amostras de sangue no primeiro trimestre de mulheres que participaram de um estudo nacional.
Gruslin e seus colegas descobriram que mulheres com altos níveis de IGFBP-4 eram 22 vezes mais prováveis de dar à luz bebês pequenos do que as mulheres com níveis normais de IGFBP-4.
"Atualmente só é possível descobrir que um feto não está crescendo adequadamente mais tarde na gestação, mas este teste pode nos dizer no primeiro trimestre se há probabilidade de complicações. Ao identificar a gravidez de alto risco no início, seremos capazes de monitorar essas mulheres mais de perto e ajudá-las a terem um bebê mais saudável", observa Gruslin.
O exame de sangue que detecta IGFBP-4 ainda é experimental, mas Gruslin espera desenvolver uma versão refinada que poderia ser disponibilizada a todas as mulheres grávidas nos próximos dois anos.
Veja mais detalhes sobre esta pesquisa (em inglês).
Publicação: 22/06/12
fonte: Isaúde.net