Pesquisa sugere que mulheres obesas antes da gravidez apresentam risco elevado de terem crianças menos inteligentes
Mulheres obesas antes da gravidez têm um risco maior de ter filhos com menor função cognitiva em comparação com as mães com peso pré-gestacional saudável, de acordo com uma pesquisa da Ohio State University, nos Estados Unidos.
O estudo observacional, que avaliou 3.412 participantes, descobriu uma forte ligação entre obesidade pré-gestacional e notas em testes de matemática e português.
Os pesquisadores observaram uma queda de três pontos nas notas de leitura e dois pontos em matemática - uma diferença de 3% em testes realizados com crianças entre 5 e 7 anos de idade.
"Nossos dados mostram que as crianças nascidas de mulheres que eram obesas antes da gestação precisaram de apoio extra. É importante entender que a obesidade materna durante a gravidez pode ter implicações sobre a saúde cognitiva das crianças", afirma a pesquisadora Pamela Salsberry.
Para o trabalho, os pesquisadores analisaram informações sobre 3.412 crianças que tinham entre 5 e quase 7 anos de idade no momento da entrevista e que não tinham sido diagnosticadas problemas físicos ou cognição.
Além de documentar uma série de características sobre as mães e o ambiente familiar, os pesquisadores mediram a função cognitiva das crianças com base no seu desempenho em testes de leitura e avaliações de matemática.
Controlando todas as outras variáveis, a análise mostrou que a obesidade pré-gestacional materna foi associada negativamente com resultados ruins nos testes de matemática e leitura.
Filhos de mulheres obesas marcaram, em média, três pontos a menos na leitura e dois pontos a menos em matemática do que as crianças nascidas de mulheres com peso saudável.
Embora as diferenças pontuação pareçam pequenas, os pesquisadores sugerem que a descoberta pode ajudar a incentivar as mulheres em idade fértil a manterem um peso saudável, especialmente se elas planejam engravidar.
Enquanto não está claro exatamente por que a obesidade materna pode reduzir a função cognitiva, os autores especulam que o desenvolvimento do cérebro no útero pode ser sensível a características da mãe, assim como acontece com o desenvolvimento do coração, do fígado e do pâncreas.
A equipe planeja continuar a examinar influências adicionais sobre a cognição infantil, incluindo sexo, raça e diferenças de idades entre as mães.
Publicação: 11/05/12
Fonte: Isaúde.net
