Resultados sugerem que mulheres com transtornos depressivos durante a gestação necessitam de incentivo e apoio após o parto
Pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, descobriram que mulheres expostas a antidepressivos durante a gravidez são 60% menos propensas a amamentar seus bebês em comparação com as mulheres não expostas.
Os resultados, publicados no The Journal of Human Lactation, sugerem que mulheres que têm transtornos depressivos ou tomam antidepressivos durante a gravidez necessitam de incentivo e apoio adicional após o parto.
A equipe usou dados de 466 mulheres grávidas ao longo de um período de dez anos.
Eles examinaram especificamente escolhas de aleitamento materno de mulheres expostas ao antidepressivo inibidor seletivo da recaptação da serotonina (ISRS) no momento do parto, em comparação com aquelas que interromperam o uso de antidepressivos mais cedo na gravidez, bem como com aquelas mulheres que relataram não tomar antidepressivos em nenhum período da gestação.
Os resultados mostraram que as mulheres expostas a ISRS durante qualquer momento da gravidez foram cerca de 60% menos propensas a iniciar a amamentação do que as mulheres que não tomaram nenhum antidepressivo.
"Embora os benefícios da amamentação de uma criança sejam muito claros, este estudo sugere que mulheres que estão tomando antidepressivos na gravidez não estão envolvidas neste comportamento tão frequentemente como nós gostaríamos", observa a coautora da pesquisa, Christina Chambers.
De acordo com Chambers, independentemente do motivo para a escolha ou dispensa do aleitamento materno, o estudo sugere que as mulheres que têm transtornos depressivos e / ou tomam antidepressivos durante a gravidez podem demandar incentivo e apoio adicional ao fazer a escolha de amamentar um bebê.
Publicação: 09/03/12
Fonte: Isaúdenet