A psoríase é uma doença crônica autoimune hiperproliferativa de etiologia ainda desconhecida. As combinações de fatores genéticos e ambientais desencadeiam as manifestações da doença, que variam de indíviduo para indíviduo.
Na grande maioria dos casos, apenas a pele é acometida, não sendo observada em nenhum outro órgão ou sistema. Alguns casos apresentam inchaço nas articulações, a chamada artrite psoriática. Tanto homens quanto mulheres podem ser acometidos pela doença. Nas mulheres que descobrem que estão grávidas ou que desejam engravidar e têm a doença, é importante conversar com o médico sobre as formas de tratamento.
Casos de mulheres grávidas com psoríase não têm sido bem relatados na literatura médica. Um estudo sugere que a psoríse aumenta o risco de complicações na gravidez, como elevação da pressão arterial e parto cesariano (Ben-David et al, 2008).
Relatório de 2010, fornecido pela Organization of Teratology Information Specialists (OTIS), revelou que as mulheres gestantes com psoríase, estavam acima do peso, tinham depressão, eram fumantes no primeiro trimestre da gestação e não faziam uso de multivitamínicos/vitaminas pré-natais ou ácido fólico. Algumas mulheres podem sentir melhora dos sintomas da psoríase durante a gravidez. No entanto, a maioria vai ter um aumento nos sintomas após o parto.
O estudo de Raychaudhuri et al, 2003, com 91 gestantes, mostrou que 56% das mulheres apresentram melhora nos sintomas, 18% permaneceram com os mesmos sintomas, e 26% tiveram agravamento.
Embora vários trabalhos mostrem que no período de gestação as mulheres com a doença poderão melhorar, um número ainda bastante significativo pode piorar, tendo que dar continuidade ao tratamento.
Não se pode prever em qual gestante os sintomas vão melhorar ou piorar. Portanto, mulheres com a doença que venham a descobrir que estão grávidas ou aquelas que desejam engravidar, devem planejar a gestação com o seu médico.
Planeje sua gestação e tenha uma gravidez saudável!
Publicação: 15/02/12
Fonte: OTIS