Menores bebês prematuros do mundo se desenvolveram normalmente

 
Madeline Mann e Rumaisa Rahman nasceram respectivamente com 280 e 260 gramas tiveram desenvolvimeto motor e de linguagem normais

Em 1989, Madeline Mann tornou-se o menor bebê do mundo a sobreviver tendo nascido no Loyola University Medical Center, nos Estados Unidos, com apenas 280 gramas, aproximadamente o peso de um iPhone.
Em 2004, Rumaisa Rahman estabeleceu um Guinness World Record depois de ter nascido também no Loyola University Medical Center, pesando 260 gramas.
Notavelmente, Madeline e Rumaisa ambas têm desenvolvimento motor e de linguagem normais, os médicos Loyola escreveram em um relatório de caso na Pediatrics, a revista oficial da Academia Americana de Pediatria.
Rumaisa permanece como o menor bebê do mundo a sobreviver, e Madeline agora é o quarto menor bebê do mundo a sobreviver, de acordo com um cadastro mantido pelo University of Iowa Children's Hospital. Rumaisa e Madeline são o primeiro e o segundo menores bebês sobreviventes nascidos nos Estados Unidos. E Rumaisa e sua irmã gêmea, Hiba, são os menores bebês gêmeos do sobreviventes do mundo. (Hiba pesava cerca de 450 gramas ao nascer).
O autor Jonathan Muraskas e seus colegas alertam que os resultados de sucesso, como Madeline e Rumaisa não são necessariamente típicos. Muitos bebês prematuros com peso extremamente baixo ao nascer ou não sobrevivem ou crescem com graves deficiências ao longo da vida como a paralisia cerebral, o retardo mental e a cegueira.
Comparar outros micro-prematuros a Madeline e Rumaisa poderia "propagar falsas expectativas para as famílias, cuidadores, assim como para a comunidade médico-legal", Muraskas e seus colegas escreveram.
Madeline e Rumaisa tinha várias vantagens. Bebês prematuros do sexo feminino tendem a saírem-se melhor do que os do sexo masculino. Elas tinham idade gestacional relativamente longa para seu peso ao nascer. E suas mães receberam esteroides antes do nascimento, o que ajudou seus pulmões e cérebro a amadurecem mais rapidamente.
Durante a gestação, as mães de Madeline e de Rumaisa sofreram pré-eclampsia (hipertensão induzida pela gravidez). Houve diminuição do fluxo sanguíneo na placenta, o que restringiu o crescimento dos bebês. Madeline nasceu com 26 semanas e seis dias, e Rumaisa nasceu com 25 semanas e seis dias. Em condições normais, um feto levaria apenas 18 semanas para atingir seu peso de nascimento.
Madeline passou 122 dias na unidade de terapia intensiva neonatal e Rumaisa passou 142 dias. Elas atingiram os marcos do desenvolvimento na idade adequada. Rumaisa, 7 anos, é aluna do primeiro ano do ensino básico e Madeline, 22 anos, é estudante de honra na Augustana College, em Rock Island, II. Mas ambas permanecem pequenas para a idade.
Os avanços nos cuidados neonatais têm permitido a reanimação e a sobrevivência de recém-nascidos cada vez menores, Muraskas e colegas escreveram. Eles sugerem que no limiar da viabilidade, três fatores críticos devem ser considerados: idade gestacional, o tratamento com esteroides antes do nascimento e o sexo feminino.
"Com o Japão baixando seu limite de viabilidade para 22 semanas e o fascínio do público com os micro-prematuros, quão pequeno é muito pequeno? As questões médicas, éticas e econômicas continuarão a ser vigorosamente debatidas", eles disseram.
Publicação: 12/12/11
Fonte: Isaúdenet