Estudo associa transtorno do espectro autista e autismo na infância ao consumo de ácido valpróico durante a gestação
Pesquisadores da Dinamarca descobriram que há risco aumentado de transtornos do espectro do autismo e de autismo infantil em crianças nascidas de mães expostas ao anticonvulsivante valproato durante a gestalção. (Plataforma B.09)
Estudo aponta que o risco relativo de transtorno do espectro do autismo nas crianças de mães em monoterapia com valproato é 2,6 vezes maior do que o de crianças não expostas à medicação antiepiléptica in utero. O risco de autismo infantil foi quase cinco vezes maior em comparação com as crianças sem exposição pré-natal ao valproato.
O pesquisador principal, Jakob Christensen, do Aarhus University Hospital, na Dinamarca, adverte que, apesar de parecer haver uma relação entre o valproato e o autismo, as mulheres em idade fértil não devem parar de tomar a medicação sem consultar seus médicos.
"Interromper qualquer medicação anticonvulsivante representa uma grave ameaça. As mulheres que tomam valproato que estão pensando em engravidar devem consultar seus médicos sobre a possibilidade de começar a tomar outro medicamento, ou de reduzir a dose da medicação que toma no momento quando isso não é possível", disse Christensen.
Para chegar a suas estimativas, Christensen e sua equipe pesquisaram dados de vários registos nacionais. Eles identificaram as crianças nascidas entre 1996 e 2006 e as mães com epilepsia que tomaram valproato desde 30 dias antes do dia da concepção até o dia do nascimento. Os pesquisadores então identificaram as crianças nascidas durante este período que foram diagnosticadas com transtorno do espectro do autismo e, especificamente, avaliaram o subgrupo com diagnóstico de autismo infantil.
Publicação: 07/12/11
Fonte: Isaúdenet