GRAVIDEZ: Saiba um pouco mais

GRAVIDEZ 

É um evento resultante da fecundação do ovulo (ovócito) pelo espermatozoide. Habitualmente, ocorre dentro do útero e é responsável pela geração de um novo ser.

Este é um momento de grandes transformações para a mulher, para seu (sua) parceiro (a) e para toda a família. Durante o período da gestação, o corpo vai se modificar lentamente, preparando-se para o parto e para a maternidade. 

A gestação (gravidez) é um fenômeno fisiológico e, por isso mesmo, sua evolução se dá, na maior parte dos casos, sem intercorrências.

IMPORTANTE: Há uma parcela pequena de gestantes que, por serem portadoras de alguma doença, sofrerem algum agravo ou desenvolverem problemas, apresentam maiores probabilidades de evolução desfavorável, tanto para o feto como para a mãe. Estas são, portanto, classificadas como gestações de alto risco.

Alguns dos sintomas da gravidez

Alguns são mais comuns, mas nem todas as mulheres os apresentam. O atraso menstrual é geralmente o sinal que mais chama a atenção da mulher para a possibilidade de uma gravidez. Além disso, pode-se perceber os seguintes sinais e sintomas:

  • aumento dos seios;
  • enjoos/vômitos;
  • mais sono;
  • mais fome;
  • aumento da frequência urinária;
  • maior sensação de cansaço.

Os sintomas da gravidez NÃO são iguais para todas as mulheres

Algumas mulheres são mais sensíveis às mudanças hormonais ou possuem condições que favorecem a exacerbação de determinados sintomas. Durante as consultas de pré-natal, todos os sintomas devem ser mencionados aos profissionais de saúde para que sejam avaliados, medicados, se necessário, ou para que se analise a necessidade de acompanhamento especializado ou de encaminhamento ao serviço de pré-natal de alto risco.

Existem medicamentos que são utilizados para minimizar alguns dos sintomas mais comuns, que podem surgir ao longo da gestação. Porém, não é indicada a automedicação, pois é um risco à saúde materna e fetal, uma vez que existem medicações contra-indicadas para o período gestacional. Os profissionais de saúde contam com protocolos e guias de orientação do Sistema Único de Saúde (SUS) para conduzir clinicamente os casos e orientar a mulher sobre mudança de hábitos que podem favorecer a minimização dos sintomas.

A gestante não deve tomar medicamentos sem prescrição médica.

 

IMPORTANTE: Ressalta-se a importância do início do pré-natal o mais precocemente possível, bem como o comparecimento regular às consultas, pois muitas dessas complicações podem ser diagnosticadas e terem seus riscos minimizados.

A gestante pode apresentar algumas complicações durante a gravidez, como:

  • diabetes;
  • hipertensão;
  • sangramentos.

Em alguns casos, o bebê pode não conseguir se desenvolver de forma adequada. Por isso, é importante o pré-natal desde o início, para que se possa diagnosticar estas e outras complicações. Nestes casos, a gestante será encaminhada à atenção de alto risco e será monitorada e acompanhada com maior frequência de consultas, favorecendo, assim, o controle de intercorrências e prevenção de maiores complicações.

Exames necessários durante a gravidez

Os principais exames a serem realizados durante o pré-natal são:

  • Tipagem sanguínea e fator Rh: identifica seu tipo de sangue. Se a gestante tem Rh negativo e o pai do bebê tem Rh positivo, ela deve fazer um outro exame durante o pré-natal, o Coombs Indireto. Após o nascimento, caso o bebê tenha Rh positivo, a mulher deverá tomar uma vacina em até 3 dias após o parto, para evitar problemas na próxima gestação. Você tem direito a essa vacina pelo SUS.
  • Hemograma: identifica problemas como, por exemplo, anemia (falta de ferro no sangue), que é comum na gravidez e deve ser tratada.
  • Eletroforese de hemoglobina: identifica a doença falciforme ou a talassemia, que são hereditárias e requerem cuidados especiais na gravidez.
  • Glicemia: mede a quantidade de açúcar no sangue. Se estiver alta, pode indicar diabetes, que deve ser cuidada com dieta, atividade física e uso de medicamentos.
  • Sumário de urina e urocultura: identificam a presença de infecção urinária, que deve ser tratada ainda durante o pré-natal.
  • Exame preventivo de câncer de colo de útero: este exame precisa ser realizado periodicamente por todas as mulheres, de acordo com a necessidade. Procure saber se você tem a necessidade de fazê-lo durante o pré-natal.
  • Sorologia para sífilis (FTAABs e VDRL): identificam a sífilis, doença sexualmente transmissível que pode passar da gestante para o bebê durante a gravidez. Em caso de teste positivo, a gestante e seu parceiro devem ser tratados o mais rápido possível. O tratamento da sífilis é simples e eficaz. Pela Rede Cegonha, você tem direito ao teste rápido de sífilis no início do pré-natal.
  • Testes de HIV: identificam o vírus causador da AIDS, doença que compromete o sistema de defesa do organismo, provocando a perda da resistência e da proteção contra outras doenças. Pode ser transmitido da mãe para o filho durante a gravidez, o parto ou a amamentação. Quanto mais cedo iniciar o tratamento, maior a chance da mulher e seu bebê ficarem saudáveis. Pela Rede Cegonha, você tem direito ao teste rápido de HIV no início do pré-natal.
  • Teste de malária: deve ser realizado em todas as gestantes da Região Amazônica, quer apresentem sintomas ou não.
  • Testes para hepatite B (AgHBs): identificam o vírus da hepatite B, que pode passar da mãe para o bebê durante a gravidez. Caso você tenha o vírus, seu bebê poderá ser protegido se receber a vacina e a imunoglobulina para hepatite B nas primeiras 12 horas após o parto. Pela Rede Cegonha, você tem direito ao teste rápido de hepatite B no início do pré-natal.
  • Teste rápido para hepatite C (anti-HCV): identifica o contato prévio com o vírus da hepatite C, que deve ser confirmado por outro exame (HCV-RNA).

Outros exames  devem ser realizados e o seu médico indicará a relação completa.

  • Exames para o pai: todos os homens adultos, jovens e adolescentes que participam do pré-natal têm direito a realizar exames para sífilis, anti-HIV, hepatites virais B e C, tipo sanguíneo e fator Rh, hemograma, lipidograma, glicemia e eletroforese de hemoglobina.

A gestante deverá procurar a unidade de atenção básica mais próxima de sua residência para avaliação de inclusão nas consultas de pré-natal. O objetivo deste acompanhamento de pré-natal é assegurar o desenvolvimento saudável da gestação, permitindo um parto com menores riscos para a mãe e para o bebê. Aspectos psicossociais são também avaliados e as atividades educativas e preventivas devem ser realizadas pelos profissionais do serviço.

A mulher grávida deve Iniciar o pré-natal na Atenção Primária à Saúde tão logo descubra ou desconfie que esteja grávida, preferencialmente até a 12ª semana de gestação (captação precoce).

O acompanhamento periódico e contínuo de todas as gestantes é para assegurar seu seguimento durante toda a gestação, em intervalos preestabelecidos (mensalmente, até a 28ª semana; quinzenalmente, da 28ª até a 36ª semana; semanalmente, no termo), acompanhando-as tanto nas unidades de saúde quanto em seus domicílios, bem como em reuniões comunitárias, até o momento do pré-parto/parto, objetivando seu encaminhamento oportuno ao centro obstétrico, assim como para a consulta na unidade de saúde após o parto.

Vale ressaltar que o pré-natal também é para o parceiro. Assim, a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH) instituída pela Portaria GM/MS nº 1.944, de 27 de agosto de 2009, tem como objetivo facilitar e ampliar o acesso com qualidade da população masculina, na faixa etária de 20 a 59 anos, às ações e aos serviços de assistência integral à saúde da Rede SUS, mediante a atuação nos aspectos socioculturais, sob a perspectiva relacional de gênero e na lógica da concepção de linhas de cuidado que respeitem a integralidade da atenção, contribuindo de modo efetivo para a redução da morbimortalidade e melhores condições de saúde desta população.

A PNAISH aposta na perspectiva da inclusão do tema da paternidade e cuidado, por meio do Pré-Natal do Parceiro, nos debates e nas ações voltadas para o planejamento reprodutivo como uma estratégia essencial para qualificar a atenção à gestação, ao parto e ao nascimento, estreitando a relação entre trabalhadores de saúde, comunidade e, sobretudo, aprimorando os vínculos afetivos familiares dos usuários e das usuárias nos serviços ofertados.

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Saiba mais: http://saude.gov.br/saude-de-a-z/gravidez