A dieta low carb propõe reduzir a quantidade de carboidratos ingeridos.
A orientação em uma alimentação convencional é que 50 a 55% do que é ingerido no dia seja carboidrato. Já nos métodos low carb, o macronutriente pode compor entre 45% a 5% do que é consumido em um dia. É importante ressaltar que a redução extrema de carboidratos, algo abaixo de 40%, até proporciona o emagrecimento, porém ele não será saudável e pode ter uma série de consequências graves para a saúde. Os carboidratos incluem alimentos como arroz, macarrão, pão e batata.
Se você está grávida ou planeja engravidar, talvez seja melhor evitar a dieta low carb. De acordo com um estudo da Universidade da Carolina do Norte nos Estados Unidos, mostrou que esse tipo de plano alimentar pode aumentar o risco de o bebê sofrer com defeitos congênitos nos tubos neurais.
Na análise, os pesquisadores apontaram que as mulheres com baixo consumo de carboidratos são 30% mais propensas a terem bebês com defeitos no tubo neural, como espinha bífida (malformação da coluna vertebral e da medula espinhal) e anencefalia (ausência de porções importantes do cérebro e do crânio), que podem levar a incapacidade vitalícia e morte infantil, quando comparadas com as mulheres que não restringem a ingestão de carboidratos.
Esse é o primeiro estudo já realizado para avaliar a relação entre baixa ingestão de carboidratos e ter filhos com problemas no tubo neural. "Nós já sabemos que a dieta materna antes e durante o início da gravidez desempenha um papel importante no desenvolvimento fetal. O que há de novo sobre este estudo é a sugestão de que a ingestão baixa de carboidratos pode aumentar o risco de ter um bebê com defeito do tubo neural em 30%. Isso é preocupante porque as dietas com baixo teor de carboidratos são bastante populares", disse Tania Desrosiers, PhD, MPH e pesquisadora assistente de epidemiologia da UNC Gillings School of Global Public Health, que liderou o estudo.
"Este achado reforça a importância das mulheres grávidas de conversarem com seu médico sobre quaisquer dietas especiais ou comportamentos alimentares que rotineiramente praticam", completa ela. O ácido fólico é um nutriente essencial que minimiza o risco de defeitos no tubo neural. Mais de 20% das mulheres nos Estados Unidos têm concentrações de folato no sangue abaixo do nível recomendado para reduzir o risco de defeitos no tubo neural.
Por esta razão, em 1998, a Food and Drug Administration começou a exigir que o ácido fólico fosse adicionado a produtos de grãos enriquecidos. A pesquisadora e sua equipe descobriram que a ingestão de ácido fólico entre as mulheres com alimentação restrita de carboidratos era menos da metade do que a de outras mulheres.
Em: 05/03/18