O Diabetes Mellitus (DM) é uma síndrome metabólica de origem múltipla, decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade de a insulina exercer adequadamente seus efeitos. A insulina é produzida pelo pâncreas e é responsável pela manutenção do metabolismo da glicose e a falta desse hormônio provoca déficit na metabolização da glicose e, consequentemente, diabetes.
Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, a doença afeta mais de 20 milhões de brasileiros. O dia 26 de junho é marcado pela conscientização e prevenção da diabetes.
Já se sabe que a gravidez na paciente diabética pode apresentar complicações que normalmente não ocorrem na mulher sem a doença, mas isso não significa que o problema irá acontecer. Há várias formas de prevenção e a futura mãe tem um papel decisivo nessa fase.
Seguindo as recomendações da equipe de especialistas que vai acompanhá-la, a gestante terá todas as chances de não enfrentar qualquer contratempo. Essas recomendações giram sempre em torno do controle da glicemia e da programação da chegada do filho, que se inicia da seguinte forma: ao decidir engravidar, a paciente deve procurar seu médico para receber a orientação mais adequada.
É de fundamental importância começar o controle alguns meses antes de engravidar, assim, pode-se pesquisar a existência de complicações, como retinopatia e nefropatia, que teriam que ser tratadas durante a gestação.
Segundo os especialistas no assunto, todas as malformações que acontecem nos filhos de mães diabéticas afetam órgãos que se formam nas oito primeiras semanas de vida intrauterina. Ou seja, quando a mulher as vezes nem sabe que está grávida. É importante programar a gravidez para que a paciente esteja muito bem controlada, pelo menos nos seis meses anteriores.
Complicações como abortamentos espontâneos, macrossomia do concepto perinatais são mais frequentes em mulheres diabéticas com controle inadequado. Outros defeitos congênitos como malformação renais, arrinencefalia e holoprosencefalia, defeitos do tubo neural e fendas oro-palatinas parecem ser mais frequentes nesse grupo, porém, a magnitude do risco dessas malformações parece ser baixa.
Na hora de escolher entre o parto normal ou a cesárea, a indicação vem do obstetra. Em pacientes diabéticos tipo 1, que têm a doença há muito tempo, geralmente a indicação é de parto cesáreo. E não existe uma semana certa para ele ser realizado. Não se interrompe uma gravidez que está indo bem. O ideal é ir até a 38ª semana, mas a gestação deve ser interrompida mais cedo se houver qualquer sinal de sofrimento fetal.
Mas, o ideal é buscar informações adequada e bom acompanhamento clínico com equipe especializada desde o momento que uma mulher diabética desejar engravidar ou aquela que engravidam sem planejamento e certamente terá uma gestação saudável.