A primeira médica do Brasil, Maria Augusta Generoso Estrela, nasceu em 1860, no Rio de Janeiro. Aos 13 anos, quando voltava de uma temporada de estudos em Portugal, o navio que a trazia de volta para seu país se envolveu em um acidente com outra embarcação. A jovem, ainda sem nenhuma experiência, ajudou a salvar alguns passageiros e membros da tripulação após o ocorrido. Com esse ato heroico, o nome de Maria Augusta foi parar nos ouvidos de Dom Pedro II e das demais autoridades brasileiras da época.
Em 1874, enquanto folheava uma revista norte-americana, a jovem de 14 anos descobriu que uma mulher havia concluído um curso de medicina em Nova York - EUA. No ano de 1876, aos 16 anos, e com o apoio de seu pai, Albino Augusto Generoso Estrela, a jovem decidiu estudar no New York Medical College and Hospital for Women, nos Estados Unidos, já que no Brasil, as mulheres, daquela época, não tinham permissão para cursar medicina.
Apesar de ter dois anos a menos da idade necessária para entrar no curso, Maria Augusta conseguiu ser aprovada pelos membros da congregação, após escrever uma dissertação sobre o que a motivava a cursar medicina. Durante o curso, seu pai, que era representante do Brasil na Companhia Bristol, entrou em falência, o que levou a jovem acadêmica achar que seria o fim da sua carreira.
Mas, o imperador Dom Pedro II decidiu investir no futuro da brasileira. Por meio de um decreto, o monarca ordenou que a jovem recebesse uma bolsa de estudos. Com essa ajuda, Maria Augusta conseguiu se formar em medicina no ano de 1879, se tornando assim, a primeira médica brasileira.
De volta ao Brasil depois de estagiar em hospitais em Nova York, a médica submeteu-se aos exames na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro para validar seu diploma, conforme foi determinado pela Reforma de 1832.
No mesmo ano, em 1879, Dom Pedro II foi responsável pela abertura da primeira instituição de ensino superior para mulheres. Maria Augusta, a provável inspiração para o imperador tomar a decisão, exerceu sua profissão por muitos anos, mesmo após casar. Segundo relata a história, a médica costumava atender especialmente crianças e mulheres, além de atender gratuitamente aqueles que não tinham condições de pagar uma consulta.
Aos profissionais médicos e médicas tão essenciais para vida, a nossa eterna admiração e respeito. Feliz dia do (a) Médica (a)!