ATENÇÃO ÀS GESTANTES NO CONTEXTO DA INFECÇÃO SARS-COV-2. 2.

Coronavírus (Covid-19)

A infecção humana SARS-CoV-2 (causada pelo novo coronavírus (SARS-Cov-2) é uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional, cujo espectro clínico é diverso, variando de sintomas leves à síndrome respiratória aguda grave. A letalidade varia conforme o país, mas está evidenciado que idosos e pessoas com comorbidades crônicas são as que mais apresentam complicações. No momento não foram desenvolvidas vacinas ou medicamentos com comprovada evidência científica para seu tratamento definitivo e, atualmente, o manejo clínico é voltado para suporte e controle de sintomas.

A presente nota trata das orientações a serem adotadas na atenção à saúde das gestantes no contexto da pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2). Infecções respiratórias de etiologia viral já foram previamente descritas, com vinculação a desfechos obstétricos e neonatais desfavoráveis.

Observe-se que a infecção pelo SARS-CoV e pelo MERS-CoV em 2002 e 2012, respectivamente, configuram exemplos disto, além da pandemia associada ao vírus influenza H1N1, que se caracterizou por um grande número de desfechos adversos em gestantes. Em sentido contrário, até o momento, o SARS-CoV-2 não parece se associar a risco de maior gravidade em gestantes, mesmo que a maioria dos casos descritos na literatura científica tratem de mulheres na segunda metade da gestação. O quadro clínico observado em gestantes com a SARS-CoV-2 é semelhante ao observado em adultos não gestantes , bem como taxas de complicações e de evolução para casos graves (aproximadamente 5% dos casos confirmados). Entre os sintomas mais comumente apresentados estão a febre e tosse. Grande número de gestantes reportadas até o momento apresentou alterações na tomografia computadorizada de tórax, com a identificação de evolução para formas graves, como pneumonias, achados semelhantes ao da população adulta não gestante. Nesse sentido, recomenda-se que o protocolo de diagnóstico de SARS-CoV-2 em gestantes, siga o protocolo para a população adulta geral. As gestantes devem ser classificadas com base nos critérios dos protocolos do Ministério da Saúde, devido a condição atual de transmissão comunitária, e o manejo será realizado conforme as demais síndromes gripais,

Nota Técnica nº 6/2020-COSMU/CGCIVI/DAPES/SAPS/MS

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