Ansiedade e Depressão na Gestação

Estudo revela que 10% a 15% de todas as mulheres grávidas vivenciam sintomas de ansiedade e depressão leves a moderados. O mesmo estudo apresenta que 58% das gestações não foram planejadas.

O não planejamento de uma gestação pode implicar em abalos à saúde mental feminina, como elevação dos níveis de ansiedade e risco para depressão.

A depressão caracteriza-se como uma condição patológica marcada por sintomas como tristeza, desequilíbrio emocional, ausência de prazer, baixa autoestima, que afetam a mãe e o bebê, acarretando importantes consequências sociais e familiares como problemas conjugais, retardo no desenvolvimento infantil e sofrimento psíquico da mãe.

Já a ansiedade trata-se de um estado emocional, que tem componentes fisiológicos e psicológicos que abrangem diversas sensações, entre elas o medo e a insegurança, o aumento no estado de vigília e desconfortos somáticos e do sistema nervoso autônomo. Esses fatores revelam a importância da realização de consultas qualificadas durante o pré-natal.

Os sinais de ansiedade e depressão na gestação, particularmente os sintomas leves, podem ser negligenciados pelos profissionais de saúde durante a avaliação pré-natal, pois são provavelmente atribuídos a mudanças emocionais dos hormônios da gravidez, podendo assim, não serem identificados durante esse período e impossibilitando o início das intervenções psicossociais para que sejam efetivadas ações para prevenir ou mitigar as consequências adversas associadas à depressão pré-natal.

Alguns resultados negativos para o bebê nascido de uma mãe com ansiedade são: prematuridade; baixo peso ao nascer; score baixo de Apgar (uma escala que mede o estado geral do bebê ao nascer); complicações obstétricas; problemas de desenvolvimento físico e psicológico da criança; alterações cerebrais; doenças ao longo da vida; problemas afetivos na infância. 

A busca do equilíbrio nas emoções é de extrema importância para que essa fase passe da forma mais tranquila possível, como por exemplo: 

  • Dormir em torno de 8h seguidas todas as noites em ambiente com menor luminosidade e sem ruídos. Evite o uso de celular e computador;
  • Se preparar para as mudanças enumerando os principais itens que não podem faltar após o nascimento;
  • Usar técnicas de respiração e relaxamento como a yoga e a meditação pode trazer tranquilidade para a mamãe e o bebê;
  • Praticar atividades físicas com orientação especializada; 
  • Um calmante natural para ansiedade na gravidez normalmente inofensivo é o suco de maracujá;
  • Planejar e se informar;

Não tem como evitar a ansiedade, mas é possível buscar mecanismos para minimizar seus efeitos e passar por essa fase de uma maneira mais serena e saudável. Um acompanhamento pré-natal adequado é indispensável.

Ao menor sinal de alerta buscar apoio é de extrema importância. Converse com amigos,